Doze dos vinte candidatos na eleição do Conselho Tutelar, realizada em Garanhuns, no último dia seis, entraram com um pedido de impugnação do pleito. Segundo eles, que recorreram à Comissão Especial Eleitoral e enviaram copiado documento ao Ministério Público, no dia da votação e na apuração ocorreram uma série de irregularidades.
Dentre elas, eles citam o não cumprimento do horário de votação em algumas seções, por falta de servidores convocados para trabalhar; eleitores com documentos com foto e título de eleitor impedidos de exercer seu direito, por conta do nome não constar da listagem; fiscais dos candidatos orientando os que estavam trabalhando e não funcionários públicos convocados especialmente para isso e listas extras manuais para os eleitores assinarem para votar, uma vez que não constavam seus nomes nas litas do TRE.
De acordo com os candidatos que pedem a impugnação, durante a apuração dos votos observou-se que que nas listas disponibilizadas pelo TRE, havia apenas o número do título de eleitor, porém as pessoas votaram e não assinaram a lista. “Por outro lado, algumas dessas listas disponibilizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral continham apenas a assinatura dos eleitores, sem o número do título eleitoral”, frisa o documento entregue à Comissão Especial e ao Ministério Público.
Eles reclamam ter sido constatado que eleitores não alfabetizados votaram com a digital sem o número do título na lista extra que fizeram, impossibilitando a identificação do eleitor.
Outra irregularidade apontada foi que durante a contagem dos votos muitas cédulas foram anuladas por falta da assinatura do mesário ou presidente da mesa, “de modo que o eleitor perdeu seu voto por incompetência ou má fé de quem estava trabalhando”.
Na longa relação de supostas irregularidades, os candidatos reclamantes incluem ainda que “foi observada em urnas maior quantidade de cédulas, em discordância da lista disponibilizada pelo TRE, ou seja, mais cédulas do que assinaturas”.
Os reclamantes denunciam que durante a contagem dos votos foi identificado um parente em primeiro grau de uma candidata, violando o artigo 41 da Resolução Regulamentadora 16/2019.
Candidatos que pedem a anulação do pleito denunciam ainda que a candidata Michelly foi indevidamente impedida de entrar no local de apuração dos votos e despeitada por funcionários municipais que estavam na entrada do local.
“Fica registrado que a candidata Michelly não estava presente na digitação da ata e que mesários ligados a outros candidatos não estavam assinando as cédulas de votação, prejudicando candidatos que eram seus preteridos”, salienta o documento.
No final, eles ainda consideram irregular o fato de na confecção da Ata com o resultado, apenas oito candidatos estavam presentes, descumprindo o edital. “Alguns candidatos foram assinar no dia seguinte”, completam a denúncia.
Pedido de impugnação da eleição foi assinado por Josélia Gomes, Maria Madalena, Eliane Silva, Aparecida Oliveira, Odete Nativo da Costa, Marcos Antônio, Alexandra Gonçalves, Diana Maria da Conceição, e mais quatro dos candidatos, em que a assinatura não está bem legível.
Acreditamos que um desses quatro é Fernando Monteiro, o Fernandinho DJ, responsável pela divulgação do documento junto à imprensa de Garanhuns.
Eleição do Conselho Tutelar em Garanhuns teve 20 candidatos. Mais da metade está pedindo a anulação do pleito, indicando o que segundo eles constituem graves irregularidades.
*Foto: Site da Prefeitura de Garanhuns.
BLOG DO ROBERTO ALMEIDA
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