Uma das maiores atrizes da TV brasileira, Regina Duarte, de 72 anos, fez
um desabafo, onde estaria sendo rotulada de "fascista" por ser
apoiadora do atual presidente Jair Bolsonaro (PSL). A atriz, que pode
ser vista na reprise da novela "Por Amor", na Globo, lembra que também
foi acusada de ser "terrorista" nas eleições de 2002, quando declarou
seu apoio a José Serra (PSDB), dizendo claramente que tinha medo do que
ia acontecer ao Brasil caso Lula (PT) fosse eleito presidente, o que
acabou ocorrendo.
A rotulação ocorre nos dois lados extremos na política brasileira. Não
faz muito tempo, quem criticava Lula e Dilma, era acusado de ser
"fascista", "de direita", "tucano" - nessa ocasião, o PSDB era o
principal adversário dos petistas - e até de "coxinha". Não mudou muito
de lá para cá. Atualmente, as pessoas que fazem oposição ao governo
atual de Bolsonaro são tachadas de "comunistas", "petistas", "defensores
de bandidos" e por aí vai.
Falta o devido conhecimento a muitos do que significa cada uma das
ideologias, e também existe por parte dessas pessoas o desconhecimento
de que no Brasil não só tem dois partidos (PSL e PT), mas existem outros
partidos (35, no total), além de várias vertentes ideológicas. Extrema
Direita e Direita Moderada não são a mesma coisa. Centro-Direita, Centro
e Centro-Esquerda têm suas diferenças. Esquerda Moderada e Extrema
Esquerda também se digladiam entre si.
Enquanto o Brasil padece na área econômica, na Saúde, na Educação, na
Segurança e no Emprego, por exemplo, existe essa guerra ideológica que
não leva a nada. Trata-se de uma guerra ultrapassada - pelo menos no
contexto da década de 70, auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e
União Soviética - o mundo agora é diferente e globalizado, e extremismos
não têm - ou pelo menos não deveriam ter - espaço.
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